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Texto do professor Marco Giannotti para a exposição "Reconstrução", 2017
Marinalva Rosa parece estar sempre reconstruindo e recobrindo suas pinturas. Certamente este processo veio de suas pequenas e delicadas colagens de papéis de parede onde os padrões cromáticos variados são sobrepostos com gestos que aludem a uma paisagem. Agora, com estas pinturas recentes, a experiência da colagem vai para a pintura, seu trabalho adquire uma maior presença estética sem perder a delicadeza anterior. Paradoxalmente, a variedade dos gestos cromáticos é encoberta por uma neblina branca. O ambiente torna-se assim mais urbano, como uma pintura mural sobre paredes sólidas."



Texto da Professora Ilana Seltzer Goldstein para a exposição "As Coisas Se Escoram Tortas¨,  Arte Londrina 5, 2017
O futuro da pintura, num mundo marcado por uma realidade virtual, e pela saturação de imagens, é discutido de duas formas diferentes. Marinalva Rosa se lança à força das cores e estampas, à materialidade do papel e da tinta, apegando-se no prazer formal e na busca estética, ao passo que ...e ... parecem sugerir que a pintura não goza mais de visibilidade, nem entre os artistas nem para o público."

 


Texto do professor Rubens Pontes para a exposição Biomorfias
Há algo de familiar nas pinturas de Marinalva Rosa.

Diante de sua produção, um despertar nos aproxima ao seu universo, tornando-nos íntimos e nos distancia em estranhamentos.

Instantes de curiosidade e surpresa se revelam e este revelar se faz aos poucos. Não há nada que se faça diretamente.

Os espaços que compõem a pintura são disfarçados, margeiam ou se encontram dentro da composição que é constituída de gestos, massas de tinta e manchas, que são depositórios de suas ações anunciando a cor. A cor, esta sim se insinua direta e despretensiosamente, em que disposta na superfície da tela, organiza este espaço, onde juntos, espaço e cor vibram luminosamente.

Independentemente de escolhas e em grande parte, os elementos que constituem sua pintura são autônomos, mais objetivos, coisas que são mais o que são e mais do que se pretendem ser. Propondo-nos um olhar heterogêneo sobre o que vemos e reconhecemos simbolicamente, seu imaginário abre um jogo sobre o que venha a ser e a representá-lo, redimensionando-nos o olhar.

Diante dos estados de percepção tentamos criar sentido ao que é composto de partes ou pedaços, buscando uma organização ativa dos elementos em uma tentativa de formar experiências coerentes.

Em sua proposta artística não há restrições, nem mesmo uma maneira programática, nem manipulações de signos culturais, nem serve de instrumento crítico que reflete culturas e posicionamentos éticos, há alusões diretas a pintura, uma pintura que cintila, que pareça mais rica e plena.

 


Bibliografia:
História da Psicologia Moderna - SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen - 9ª edição - Editora Cengage Learning - São Paulo, 2009.
O impressionismo: reflexões e percepções, de Meyer Schapiro. Sãuloo Pa: Cosac & Naify, 2002

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